sábado, 29 de agosto de 2015

6 CONSEQUÊNCIAS DO ESTRESSE PARA A SAÚDE




O estresse atinge 90% da população mundial, é o que garante a Organização Mundial de Saúde (OMS). Só no Brasil 70% da população sofre do mal, sendo que 30% possuem níveis elevados de estresse. Apesar do estresse ser responsável pelo instinto de sobrevivência e representar uma defesa natural do organismo, estar frequentemente estressado pode gerar consequências físicas, psicológicas e emocionais, como problemas de pele e cabelos, dores musculares, baixa libido, depressão, insônia e mais.

ESTRESSE PODE CAUSAR QUEDA DE CABELO

O estresse pode causar diversos problemas físicos, inclusive no que diz respeito aos cabelos. O tricologista capilar Luciano Barsanti, médico especializado na saúde dos fios, alerta que a calvície é o distúrbio mais comum do estresse. "A queda de cabelos pode acontecer tanto em homens quanto em mulheres que já tenham históricos familiares. E em muitos casos a perda gradativa dos fios está ligada aos hormônios produzidos pelo estresse, como a testosterona, que interrompem as células responsáveis pelo crescimento capilar", esclarece o especialista.

A mesma coisa acontece com a chamada "pelada" ou Alopecia Areata, que é uma doença autoimune, desencadeada por níveis exagerados de estresse, causando a perda dos fios em áreas específicas da cabeça. De acordo com Luciano, outro problema que o estresse agrava é o embranquecimento precoce dos fios. Apesar de ser um fator genético, pessoas muito estressadas podem acelerar o processo, por conta da diminuição de melanina no organismo - fator responsável pela coloração dos fios.

Para diminuir esses efeitos, a dica de Luciano é tentar levar uma vida mais tranquila. "Tente passar um tempo a mais com a família, praticar Meditação e Yoga para relaxar, beber bastante água durante o dia e evitar o fumo e a bebida. O equilíbrio interior é fundamental para a nossa saúde física", pontua o tricologista capilar.

DOENÇAS DE PELE TÊM RELAÇÃO COM ESTRESSE

A pele também costuma sofrer com o estresse. A dermatologista Gabriela Casabona explica que quando o corpo está sob tensão, sua imunidade diminui, fazendo com que as doenças fiquem mais propensas a aparecer. "O organismo está preparado para lidar com o estresse do dia a dia, mas não por longos períodos ou com grande intensidade. Infelizmente, quando o limite de estresse é ultrapassado, automaticamente ele gera efeitos colaterais no metabolismo. Na pele, por exemplo, é comum o surgimento de ressecamento, acne e aspecto cansado", afirma Gabriela.

Para a dermatologista, pessoas com ansiedade crônica são as que mais sofrem com distúrbios de pele. "Muitos eventos da vida podem agravar o quadro de estresse, como o transito diário caótico, complexidades e responsabilidades no ambiente de trabalho e também na vida afetiva. Tudo isso pode levar o paciente a níveis altos de estresse, ocasionando os problemas já mencionados". Para amenizar os efeitos na pele, o mais indicado é procurar um especialista para saber exatamente o que está acontecendo.

A DOR QUE VEM DO ESTRESSE

Muitas pessoas se queixam de dores musculares, porém nem sempre associam o desconforto ao estresse. Segundo a fisioterapeuta Mariângela Bizeli, a pessoa estressada contrai, sem perceber, a musculatura do ombro, que pode ocasionar dores de cabeça, de coluna e até torcicolo. A má postura durante o trabalho, ou em qualquer outra situação do dia a dia, também pode potencializar os efeitos do estresse e aumentar as dores no corpo. "Isso acontece principalmente quando a pessoa adota uma postura curvada e cabisbaixa. Pode haver uma sobrecarga na coluna lombar, causando dores nessa região", pontua a fisioterapeuta.

As dores nas articulações também podem surgir por conta do estresse. A fisioterapeuta explica que devido à diminuição das defesas do organismo, o paciente estressado pode apresentar quadros de tendinite e dores generalizadas. "Para manter as dores musculares bem longe, a dica é praticar exercícios físicos que liberam a tensão, como caminhadas ou outros tipos de esportes. O importante é realizar atividades que tragam prazer. Porém, o acompanhamento de um médico é sempre muito importante", reforça Mariângela.

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