Durante toda nossa infância, juventude, maturidade e
velhice são impelidas a possuir, comprar, ter, vencer, superar, atingir,
competir... Já parou para pensar nisso? E se não tivéssemos que agir desta
forma tão formatada, tão igual aos outros e a tudo que nos cerca? Parece que
estamos guerreando durante 24h por um cargo melhor, pelo melhor desempenho,
pela melhor grama (que geralmente é a do vizinho e nunca a nossa), pela viagem
mais interessante e por aí vai. Acumulamos bens e conhecimento e geralmente não
temos tempo para desfrutar ou mesmo ajudar o próximo com o que adquirimos.
"Acumulamos bens e conhecimento e geralmente não temos
tempo para desfrutar ou mesmo ajudar o próximo com o que adquirimos."
Estabelecemos metas e toda vez que falhamos ou até quando
conseguimos alcançá-las, lançamos novos objetivos e gastamos uma imensa
energia. Nisso, redobramos nossos esforços até que um dia nos sentimos
exaustos, desvalorizados, sem rumo, sem chão, instáveis e sozinhos. É
simplesmente impossível viver em um mundo de ilusões e muito menos conquistar e
vencer todas essas batalhas.
Ter, possuir, conquistar e vencer são coisas necessárias e
faz parte da vida e da nossa evolução ter um teto, dinheiro e realização profissional,
assim como nos sentirmos queridos, tornado-nos construtores da nossa vida.
Porém, se você entrou nesse círculo exagerado descrito acima, tome cuidado.
Pode ser sinal que você está sem o equilíbrio do Elemento Terra e que o seu
Fogo está sem controle, pois você perdeu a visão real da vida. Para caminhar na
vida do "ter", mas sem perder a noção do "ser" é preciso se
conhecer. Nesse caso, a palavra chave é "autoconhecimento" e esse é o
caminho doYoga.
POSTURAS FACILITAM
CULTIVO DE BONS SENTIMENTOS
No Yoga, Virabhadra significa "Postura do
Guerreiro" ou "encarnação da fúria do Deus Shiva", e consiste em
asanas feitos em pé, que trabalham de forma intensa a estabilidade e o
equilíbrio. Essas posturas nos ajudam a equilibrar as nossas metas e a conexão
do mundo material com o espiritual. Eles nos colocam com os pés no chão, pois
nos trazem para o nosso "eu", harmonizam o nosso senso de
sobrevivência e tomamos consciência de que somos imortais. Através dos
"Guerreiros", conseguimos fluir na dança da vida. O nosso Fogo
torna-se transformador e assumimos a responsabilidade por nossos caminhos e
escolhas. Abrimos nosso coração para bons sentimentos, aprendemos a perdoar, a
termos esperança, confiança, a sermos humanos, compreendemos o verdadeiro
sentido da palavra doação. Com eles aprendemos a expressar a nossa verdade
interior e a seguirmos nossas intuições. E acima de tudo a nos desapegarmos dos
resultados das nossas ações. Entregamos nossos atos, confiamos, aceitamos e
agradecemos o que vier a acontecer.
"Guerreiros da Independência", não vamos deixar
que o ciclo do "ter" nos domine, mas sim equilibrar o "ser"
e o "ter".
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