sábado, 29 de agosto de 2015

Soro de leite equilibra glicemia


 

 
 


Uma ideia generalizada entre os praticantes de desporto ou simplesmente de quem não larga as rédeas da sua dieta é que a insulina nos faz engordar. Embora muito simplista, é em grande parte verdade e nas últimas décadas têm surgido numerosas dietas que tiram partido da manipulação dos níveis da hormona, como a dieta de Atkins, South Beach, Dukan, entre outras. Na verdade, todas as dietas low-carb procuram em certa medida controlar os níveis de glicemia e insulinémia. No entanto, pensar que a glicemia pós-prandial se relaciona diretamente com a resposta insulínica é abusivo e errado para certos grupos alimentares comuns, nomeadamente os produtos lácteos.

Os investigadores utilizaram 50 gramas de soro de leite, em 250 ml de água ou de um placebo, seguido der um alimento com alto índice glicêmico ( três fatias de pão branco e geleia açucarada). As amostras de sangue foram retiradas 30 minutos antes da refeição, logo quando a proteína de soro de leite ou bebidas placebo foi consumida. Além disso, nas amostras foram avaliadas a concentração plasmática de glicose e insulina nos minutos 15, 30, 60, 90, 120, 150 e 180.

A equipe observou que os níveis de glicose caíram em 28% após a ingestão do soro do leite, com uma redução uniforme durante fases precoces e tardias do teste. Com a ingestão do soro a insulina e a GLP-1 também apresentou uma reposta significativamente mais elevada (105 e 141%, respectivamente), que reflete em um aumento de 96% na resposta precoce da insulina.

Observando-se que a ingestão da proteína do soro do leite foi capaz de reduzir a glicemia pós-prandial em pacientes diabéticos tipo 2, os autores garantem que proteína do soro pode, representa uma nova abordagem para melhorar as estratégias de redução da glicose no diabetes tipo 2.

 

Benefícios

Avaliar a ação de nutrientes e de substâncias ergogênicas sobre o desempenho físico torna-se, muitas vezes, uma tarefa difícil, principalmente quando se quer eleger o parâmetro para considerar qual nutriente, ou substância, teria efeito direto sobre o desempenho. Entretanto, se determinada substância exerce efeito sobre a composição corporal do atleta, por exemplo, possivelmente tal benefício afetaria, igualmente, seu desempenho. Estudos sugerem que o estresse oxidativo, produzido durante a atividade física, contribui para o desenvolvimento da fadiga muscular36, diminuindo o desempenho. Sabe-se, ainda, que a glutationa é o principal agente antioxidante, o qual depende da concentração intracelular do aminoácido cisteína para ser sintetizado. Lands et al.37 compararam o efeito de um suplemento à base de proteínas concentradas do soro (WPC) e da caseína (placebo) sobre o desempenho físico de adultos jovens, medido por meio de teste isocinético em bicicletas. Administrando 20g/dia de WPC durante três meses, o grupo suplementado com WPC apresentou um aumento de 35,5% na concentração de glutationa. Além disso, os voluntários suplementados conseguiram gerar mais potência e maior quantidade de trabalho em testes de velocidade, sugerindo melhor rendimento. O provável efeito estaria relacionado ao alto teor de cisteína das proteínas do soro, o que resultaria em aumento da concentração de glutationa, com subseqüente redução da disfunção muscular causada pelos agentes oxidantes. Esse foi o primeiro trabalho relacionando os efeitos das proteínas do soro aos parâmetros diretos do desempenho físico. Apesar dos resultados sugerirem tais benefícios, novos trabalhos são necessários para confirmar essa hipótese.

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