Uma ideia generalizada entre
os praticantes de desporto ou simplesmente de quem não larga as rédeas da sua
dieta é que a insulina nos faz engordar. Embora muito simplista, é em grande
parte verdade e nas últimas décadas têm surgido numerosas dietas que tiram
partido da manipulação dos níveis da hormona, como a dieta de Atkins, South
Beach, Dukan, entre outras. Na verdade, todas as dietas low-carb procuram em certa medida controlar os níveis de glicemia e insulinémia.
No entanto, pensar que a glicemia pós-prandial se relaciona diretamente com a
resposta insulínica é abusivo e errado para certos grupos alimentares comuns,
nomeadamente os produtos lácteos.
Os investigadores utilizaram 50 gramas de soro de leite, em
250 ml de água ou de um placebo, seguido der um alimento com alto índice
glicêmico ( três fatias de pão branco e geleia açucarada). As amostras de
sangue foram retiradas 30 minutos antes da refeição, logo quando a proteína de
soro de leite ou bebidas placebo foi consumida. Além disso, nas amostras foram
avaliadas a concentração plasmática de glicose e insulina nos minutos 15, 30,
60, 90, 120, 150 e 180.
A equipe observou que os níveis de glicose caíram em 28%
após a ingestão do soro do leite, com uma redução uniforme durante fases
precoces e tardias do teste. Com a ingestão do soro a insulina e a GLP-1 também
apresentou uma reposta significativamente mais elevada (105 e 141%,
respectivamente), que reflete em um aumento de 96% na resposta precoce da
insulina.
Observando-se que a ingestão da proteína do soro do leite
foi capaz de reduzir a glicemia pós-prandial em pacientes diabéticos tipo 2, os
autores garantem que proteína do soro pode, representa uma nova abordagem para
melhorar as estratégias de redução da glicose no diabetes tipo 2.
Benefícios
Avaliar a ação de nutrientes
e de substâncias ergogênicas sobre o desempenho físico torna-se, muitas vezes,
uma tarefa difícil, principalmente quando se quer eleger o parâmetro para
considerar qual nutriente, ou substância, teria efeito direto sobre o desempenho.
Entretanto, se determinada substância exerce efeito sobre a composição corporal
do atleta, por exemplo, possivelmente tal benefício afetaria, igualmente, seu
desempenho. Estudos sugerem que o estresse oxidativo, produzido durante a
atividade física, contribui para o desenvolvimento da fadiga muscular36,
diminuindo o desempenho. Sabe-se, ainda, que a glutationa é o principal agente
antioxidante, o qual depende da concentração intracelular do aminoácido
cisteína para ser sintetizado. Lands et al.37 compararam
o efeito de um suplemento à base de proteínas concentradas do soro (WPC) e da
caseína (placebo) sobre o desempenho físico de adultos jovens, medido por meio
de teste isocinético em bicicletas. Administrando 20g/dia de WPC durante três
meses, o grupo suplementado com WPC apresentou um aumento de 35,5% na
concentração de glutationa. Além disso, os voluntários suplementados
conseguiram gerar mais potência e maior quantidade de trabalho em testes de
velocidade, sugerindo melhor rendimento. O provável efeito estaria relacionado
ao alto teor de cisteína das proteínas do soro, o que resultaria em aumento da
concentração de glutationa, com subseqüente redução da disfunção muscular
causada pelos agentes oxidantes. Esse foi o primeiro trabalho relacionando os
efeitos das proteínas do soro aos parâmetros diretos do desempenho físico.
Apesar dos resultados sugerirem tais benefícios, novos trabalhos são
necessários para confirmar essa hipótese.
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